segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Universitário joga bandeira do arco-íris para Marina Silva, questiona sobre casamento gay, mas ela diz não

No primeiro debate eleitoral na internet realizado pelas empresas Folha/UOL, na quarta-feira, 18, a candidata Marina Silva (PV-AC) passou por uma espécie de “déjà vu” quando o assunto é homossexualidade. Na chegada ao teatro Tuca, da PUC-São Paulo, o universitário do curso de economia Lucas Pio, 20, jogou a bandeira do arco-íris no colo da candidata, quando ela abriu o vidro do carro.
Situação semelhante aconteceu em abril quando o vereador homossexual de Alfenas (MG), Sander Simaglio (PV-MG), deu de presente à candidata a bandeira do arco-íris e ala se recusou em segurar.
Já no debate, Lucas Pio questionou à candidata seu posicionamento sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Marina, que dissimulou muitas vezes, saiu do armário e disse que “o casamento é uma instituição de sexos diferentes. Uma instituição pensada há milhares de anos. Não tenho uma posição favorável”, reafirmou sua posição.
Na sua resposta ao universitário, Marina disse ser a favor apenas ao “direito à herança, ao plano de saúde conjunto e a se mudar junto quando alguém é transferido” [em caso de mudança por questões de trabalho]. “Esse é o limite da minha convicção", afirmou. No entanto, a candidata disse ao aluno que tem candidatos que dizem uma coisa em um lugar e outra coisa noutro. Sem tocar nas questões religiosas, uma vez que ela é da Assembleia de Deus, ela disse que tinha muito respeito com os homossexuais, mas que não poderia pensar diferente. "Não tenho como ser diferente", concluiu.
No primeiro dia da propaganda eleitoral, que iniciouterça, 17, no rádio e na TV, Marina Silva não segue essa mesma consciência e coerência. Na sua primeira fala sobre o planeta Terra, já que sua bandeira é o meio ambiente, ela diz que o “Planeta Terra é um milagre”, numa referência religiosa “criacionista”, ou seja, na que foi Deus quem criou o mundo.
Em seguida, a candidata verde entra no discurso “evolucionista”, no qual a ciência darwiniana diz que somos fruto de um processo de evolução de “4 bilhões de anos para criar a incrível diversidade da vida”, como ela diz na propaganda. Depois disso, em nome do meio ambiente, ela fala em ciência no seu discurso apocalíptico. Enfim, a candidata peca a todo tempo nesses seus discursos entre os avanços da humanidade com o retrocesso religioso, mas só quando lhe é cômodo.

(Fonte: Mundo Mais)

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