segunda-feira, 26 de julho de 2010

ABGLT lança campanha para que casais gays se assumam ao CENSO 2010

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) lança campanha para que os casais gays se assumam ao serem entrevistados pelos recenseadores do IBGE que irão às casas entrevistar as famílias. O lema da campanha é : "IBGE... Se você for LGBT, diga que é!".

Esta é a primeira vez que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai contabilizar casais homossexuais no Censo Demográfico 2010. Segundo o instituto, a intenção é registrar a mudança pela qual a sociedade brasileira tem passado nos últimos anos.

"No passado nós só perguntávamos se eram cônjuges. Hoje nós abrimos para cônjuge do mesmo sexo e cônjuge de sexo diferente", explica o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.

Só serão contabilizados os casais homossexuais que responderem a pergunta referente aos casais gays que vivem em união estável sob a mesma residência. A pergunta já foi utilizada pelo IBGE em outras pesquisas, mas não de forma nacional. Em 2007, o Instituto pesquisou cidades pequenas e levantou a existência 17.560 pessoas que declararam ter companheiro/a do mesmo sexo.
(Fonte: A Capa)

Folha de São Paulo publica editorial favorável a casamento gay

O jornal Folha de São Paulo publicou em sua edição do dia 19, um editorial completamente favorável a que o Brasil também aprove o casamento entre homossexuais, como o fez recentemente a Argentina. O "editorial" é a área que o jornal reserva para divulgar a opinião oficial do veículo a respeito de assuntos importantes para o país.

No editorial "Casamento gay ", o jornal escreve que "Questões de herança e planos de saúde, por exemplo, afetam o cotidiano de uma parcela ainda sujeita a formas odiosas de discriminação. Menos do que se contrapor ao casamento gay, parece ser na verdade contra o próprio homossexualismo que se insurgem os mais exaltados".

"A Argentina consegue superar, assim, uma forma de discriminação, ou no mínimo um tabu, que ainda persiste em muitos países democráticos. Entre eles, como se sabe, o Brasil -onde nem sequer a ideia de uma união civil homossexual consegue vencer os temores e o conformismo da maioria das lideranças políticas", continua o editorialista.

"Curiosamente, países onde se imagina ser mais forte do que aqui a influência do clero -como Portugal, Espanha e a própria Argentina- foram mais rápidos em aprovar o casamento homossexual do que uma nação supostamente liberal em termos de costumes, como o Brasil."

Para terminar, o jornal ataca diretamente as hostes religiosas que insistem em intervir na vida privada de cidadãos que não estão necessariamente ligados a nenhum credo. "O elogio da informalidade, a indiferença pelas formas jurídicas, tantas vezes presentes nos discursos apologéticos sobre o país, esconde aqui um lastro de timidez e subserviência ao preconceito que cobra, de muitos casais de homens e mulheres, o preço de dificuldades na vida prática e de uma semiclandestinidade no mundo legal sem nenhuma justificativa, exceto o obscurantismo religioso".
(Fonte: Mix Brasil)

Deputado peruano irá propor lei do casamento gay

O deputado peruano José Vargas anunciou nesta segunda-feira, 26, que apresentará projeto de lei para regulamentar o casamento gay no país. A recente decisão do Senado argentino, que liberou o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, inspirou a iniciativa do político.

Membro da governista Aliança Popular Revolucionária Americana, Vargas disse esperar que a oposição apoie o projeto, já que ele serviria para combater a "terrível desigualdade" na sociedade peruana.

"Desta forma, seriam reconhecidos aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos que já têm os casais de uniões heterossexuais, ou seja, direitos de caráter patrimoniais como de conformar uma sociedade de bens. Eles [os homossexuais] também têm os mesmos direitos de qualquer pessoa, como à igualdade e à não discriminação, cláusula incluída em nossa Constituição e nos tratados internacionais dos direitos humanos", afirmou.
(Fonte: Mix Brasil)

domingo, 18 de julho de 2010

Grupo E-Jovem de Campinas declara guerra a estabelecimentos homofóbicos após agressão a um gay

CAMPINAS (SP) – O Grupo E-jovem de Campinas declara guerra aos estabelecimentos comerciais homofóbicos da cidade, como bares e restaurantes campineiros. Isso depois de recorrentes agressões aos LGBT na cidade, distante 98 quilômetros de São Paulo. A gota d’água foi a agressão a um jovem no bar Camp Shopp, que fica na Rua Sacramento, no centro da cidade.

De acordo com o E-Jovem, o rapaz foi agredido pelo segurança do bar com uma barra de ferro. A agressão aconteceu na última sexta-feira, 09, e o jovem gay levou 32 pontos na cabeça após ser socorrido. Nesta sexta-feira, 17, e sábado, 18, o E-Jovem fará uma manifestação em frente ao Camp Chopp.

“Agora chega!”, afirma a presidente do E-Jovem Lohren Beauty. "Estamos declarando guerra ao terrorismo homofóbico. Antes que a coisa fuja do controle”, completa. O bar Camp Chopp é conhecido na cidade como o que atende mal os LGBT nas imediações da praça conhecida como “praça gay” de Campinas.

De acordo com a lei – Lohren esclarece que a guerra será de acordo com a Lei Estadual 10.948/01. “A manifestação do afeto entre pessoas do mesmo sexo é livre, em qualquer estabelecimento comercial do estado de São Paulo. O acesso de homossexuais e travestis também. Isso deve estar na parede desses bares homofóbicos, para que seus donos e funcionários leiam e reflitam todos os dias antes de abrir," diz Lohren.

De acordo com a lei, pessoas e estabelecimentos poderão ser punidos por prática de discriminação em razão de orientação sexual. A lei estadual 10.948/01 pune até com a cassação do alvará esse tipo de atitude e orienta os estabelecimentos a afixarem cópias desta lei em locais de fácil leitura pelo público em geral. “Vamos denunciar esse e todos os demais casos de homofobia até as últimas consequências”, promete Lohren.
(Fonte: Mundo Mais)

PSDB discute na quinta propostas de governo LGBT

O grupo político Diversidade Tucana, ala LGBT do PSDB, vai se reunir na próxima quinta-feira, 22, em São Paulo, para uma reunião onde vai discutir as propostas sobre diversidade sexual que serão apresentadas aos candidatos a presidente, José Serra, e a senador, Aloysio Nunes.
O encontro começa às 19h com as propostas para o Senado. Às 20h começam a ser apresentadas as propostas para a presidência. A reunião será realizada no auditório Edifício Joelma, que fica na Rua Santo Antonio, 184.
(Fonte: Mix Brasil)

Depois da Argentina, Marina Silva volta a falar sobre união gay

Foi só o Senado argentino aprovar o casamento gay no país, que a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, voltou a ser questionada sobre o assunto. Em declaração ontem, 15, em São Paulo, ela disse que é preciso separar casamento de união civil.
Marina garante defender o direito de cidadãos do mesmo sexo à união civil, mas admitiu que, por se orientar por princípios cristãos, é contrária ao casamento gay. “É preciso separar as duas coisas”, disse.
A candidata também declarou respeitar os direitos civis dos homossexuais, como a divisão patrimonial e direitos previdenciários, mas disse não ter uma opinião formada sobre a adoção de crianças por casais gays, mesmo discurso adotado anteriormente.
Marina também se esquivou da pergunta que envolvia seus filhos e preservativo. “Meus filhos são muito conscientes, desde a infância têm acesso a informação.”
Frequentadora da Igreja Assembleia de Deus, ela afirmou que existe preconceito contra os evangélicos e disse que é preciso respeitar evangélicos e não-evangélicos. "Acho que não se deve ter nenhum tipo de preconceito", afirmou.
(Fonte: Mix Brasil)

De políticos a Ricky Martin, a repercussão do casamento gay na Argentina

O reconhecimento da união legalizada entre parceiros do mesmo sexo na Argentina no último dia 14, deu o que falar.
Ativistas acreditam que a legislação brasileira pode sofrer influência da concessão argentina e dar movimento a projetos LGBT que estão tramitando há no mínimo 15 anos.
Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGT), também acredita em uma repercussão positiva, por conta dos presidenciáveis Dilma Rousseff e José Serra, que já se pronunciaram favoráveis ao casamento entre companheiros homoafetivos.

O deputado estadual José Genoino (SP), que também é um dos autores (entre os 12 de partidos que vão do PC do B ao DEM) do projeto de lei atual sobre o tema que tramita na Câmara, no Brasil, a liberação deve sair até o fim deste ano: "tenho conversado com os deputados e tem aumentado a receptividade com o projeto". Ele ainda acrescenta que o Congresso pode ser rotulado como "conservador" ao não viabilizar de modo legal a união gay no país, como fez a Argentina e muitos outros países, mas otimista, comenta que "na prática, isso já está acontecendo na lei. Temos dez decisões de tribunais federais reconhecendo a união de pessoas do mesmo sexo. A Caixa Econômica Federal já a reconhece para aquisição de imóveis, tem uma ação da Procuradoria Geral da República questionando o Supremo".

Segundo a desembargadora Maria Berenice Dias, uma das pioneiras na defesa de direitos LGBT no Brasil, "é uma decisão que tem um efeito fantástico num país em fronteira com o nosso. Tanto quanto o Brasil, a Argentina tem uma influência religiosa muito severa e conseguiu chegar lá. Acho que vai fazer nosso legislador rever seus conceitos. Ele não gosta de ver que nossa legislação está em descompasso". Ela ainda ressalta que casais brasileiros, mesmo casando em países vizinho aonde a união já é permitida de acordo com a lei, não terão sua união validada no Brasil, já que aqui, a legislação não a reconhece, contudo, o brasileiro que casar com um argentino, já usufrui dos benefícios gays matrimoniais. No Brasil, casais homossexuais lançam mão de contratos de união estável e sociedades em busca de direitos civis válidos apenas para heterossexuais.

Até o cantor Ricky Martin, que fez seu outing em março passado, se manifestou, via twitter, sobre o exemplo argentino: "A Argentina, nação pensante, tolerante e justa, faz história ao dizer sim ao casamento gay. É um exemplo para o resto da América Latina".

A união entre os casais homoafetivos com plenos direitos é legalizado em nove países: África do Sul, Bélgica, Canadá, Espanha, Holanda, Islândia, Noruega, Portugal, Suécia. O casamento também é reconhecido em alguns Estados dos Estados Unidos e da Austrália e na Cidade do México.

(Fonte: G. Online)

"Casamento gay na Argentina é um exemplo danoso", diz deputado Paes Lira

A Argentina aprovou nesta quinta-feira (15/07) a lei que reconhece o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. O mundo progressista comemorou, mas as vozes do atraso, claro, não demoraram em se pronunciar a respeito.
É o exemplo do deputado Paes Lira (PTC-SP), que disse que a aprovação do casamento gay na Argentina é um "exemplo danoso" para os outros países da América do Sul.

"Não tenho dúvida de que essa decisão dará força a grupos de pressão no Brasil, grupos que já são recebidos no Congresso com uma pompa desproporcional, grupos absolutamente minoritários", protestou o deputado em entrevista ao portal "UOL Notícias".
(Fonte: A Capa)

Argentina: um exemplo de cidadania plena (Por Tony Reis)

Depois de 14 horas de debate, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado na Argentina na madrugada do dia 15 de julho de 2010, com 33 votos a favor, 27 votos contra e três abstenções. Uma mudança tão pequena de redação, com tanto significado para a igualdade de direitos. A reforma substitui as palavras "homem e mulher" da versão atual da legislação por "cônjuges", permitindo assim que casais do mesmo sexo também possam contrair o matrimônio.

Congratulações à querida aliada Cristina Kirchner e seu governo, à Câmara dos Deputados, ao Senado, às pessoas militantes LGBT, e a todo o povo argentino. Esta aprovação é um gesto de civilidade.

A Argentina agora, sem dúvidas, torna-se um país com mais igualdade e inclusão. Todos e todas são vitoriosos pela decisão histórica. Afinal, universalizou-se este direito.

Vocês, hermanos e hermanas, devem se orgulhar do feito. Vocês são o primeiro país a reconhecer a igualdade dos direitos humanos de pessoas LGBT em nossa região, onde existe ainda muito machismo e homofobia. E são o décimo no mundo a avançar nessa garantia. Agora vocês estão ao lado da África do Sul, Bélgica, Canadá, Espanha, Holanda, Islândia, Noruega, Portugal, Suécia e Suíça. Orgulhem-se!

Foi o maior debate na sociedade argentina desde a aprovação da lei do divórcio em 1987.

Do lado dos argumentos contra - muitos deles irracionais, ilógicos, retrógrados, conservadores e fundamentalistas - disseram que somos inférteis, filhos do diabo, desviados, antinaturais, pervertidos, abomináveis, projeto do demônio, que queríamos destruir a família tradicional, e implantar a filosofia de Sodoma e Gomorra; seria o apocalipse, um "risco para o futuro da pátria", iríamos acabar com a perpetuação da espécie... Como bem resumiu a presidente Cristina Kirchner, "o discurso da igreja recorda os tempos da inquisição e das cruzadas".

Também, não vamos tripudiar os vencidos. Afinal, qual deles ainda ousam falar que a terra é quadrada ou que os negros não têm alma? Eles também vão mudar lentamente, daqui uns 500 anos talvez.

Venceu o discurso racional, lógico e sólido, a honestidade intelectual e liberdade de consciência, provando que esta lei é mais um instrumento de luta contra a discriminação. Venceu o estado laico e a secularidade do código civil.

Um fato importante é que apesar de ser uma iniciativa de duas parlamentares da esquerda, Silvia Augsburger e Vilma Ibarra, parlamentares de todas as matizes ideológicas e partidárias votaram e foram a favor do projeto.

Para ficar na história, seguem alguns dos argumentos a favor apresentados por parlamentares da situação e da oposição:

Ao apoiar a mudança, o líder do bloco da oposição radical, Gerardo Morales, afirmou que "chegou a hora de sancionar normas que se adaptem a novos modelos de vínculos familiares" e relembrou a existência de "modelos de famílias diferentes (aos) que tínhamos há 30 ou 40 anos". Segundo ele, apesar das polêmicas e disputas, "ganhou o debate cultural" no país, diante da participação da sociedade na discussão.

O senador socialista Rubén Giustiniani, que votou a favor da lei, disse que o perfil da sociedade argentina mudou e por isso era o momento da aprovação do texto. Segundo ele, dados oficiais indicam que 59% das famílias argentinas já não atendem ao perfil tradicional de pai, mãe e filhos. Mas de mães solteiras, casais separados e casais homossexuais.

"Hoje é um dia histórico. Pela primeira vez na Argentina se legisla para as minorias", afirmou o senador Miguel Pichetto, líder do bloco do governo, acrescentando que "aqui não haverá mais casamentos do mesmo sexo só porque aprovamos esta lei. O objetivo desta norma é eliminar a discriminação".

A senadora Victoria Blanca Osuna defendeu: "as questões que estão em jogo nesse projeto não são religiosas ou morais. Nós estamos perguntando a nós mesmos a responsabilidade da democracia com as minorias discriminadas".

Nas palavras do senador Eduardo Torres, "a única diferença entre gays e heterossexuais é que eles têm menos direitos na sociedade argentina. Nós não podemos aceitar a discriminação que ocorre em várias partes da sociedade."

Já o senador Luis Juez, da opositora Frente Cívica, optou por apoiar o governo porque, mesmo cristão, entende que "nem na Bíblia há um parágrafo onde Cristo fosse contra os homossexuais". Ele lembrou que o código civil é "uma instituição laica, em um país laico. O Estado argentino passou a reconhecer a mudança social, e a projetou juridicamente."

A senadora Maria Eugenia Estenssoro, da opositora Coalición Cívica, argumentou que o projeto é "necessário" para os casais do mesmo sexo. "Esta lei permitirá que os homossexuais possam assumir publicamente suas relações."

Com certeza, a comunidade LGBT brasileira está com "uma certa inveja arco-íris". Aqui estamos sendo menos ousados, estamos pedindo somente a união estável, e mesmo assim estamos tendo a maior dificuldade com fundamentalistas religiosos. Vamos analisar e discutir esta nova conjuntura.

Não vamos desistir. Vamos nos inspirar na Argentina. Vocês venceram uma etapa importantíssima, agora sejam felizes e continuem lutando para mudar a cultura. A mudança das leis não quer dizer a mudança de cultura.

Para quem não foi escravo, a libertação da escravatura foi um fato histórico relevante. Mas para quem era escravo, foi a melhor coisa que aconteceu. Da mesma forma para nós LGBT, a aprovação do Casamento Civil é a abolição de uma das tantas discriminações imposta à nossa comunidade.

No Brasil pelo menos 78 direitos civis expressamente garantidos aos heterossexuais na legislação brasileira são negados aos homossexuais. Para isto, há uma possibilidade que a união civil poderá chegar aqui também, a partir de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que deve examinar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 132-RJ e a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4277, nas quais se argumenta que negar o direito de união às pessoas do mesmo sexo viola os princípios constitucionais de igualdade. Nisto, já temos apoio do Presidente Lula e da Advocacia Geral da União.

É um absurdo que a essa altura da história nossa sociedade ainda esteja discutindo se deve ou não universalizar os direitos. Mas, apesar do poder de grupos religiosos fundamentalistas contrários à mudança, mais cedo ou mais tarde, a lei será aprovada no Brasil também, garantindo dignidade e combatendo a discriminação.

Como o Presidente Lula falou na abertura da I Conferência Nacional LGBT, "Ninguém pergunta a orientação sexual de vocês quando vão pagar Imposto de Renda, ninguém pergunta quando vai pagar qualquer tributo neste País. Por que discriminar na hora em que vocês, livremente, escolhem o que querem fazer com o seu corpo?"

A querida aliada presidente Cristina Kirchner resumiu tudo, estamos felizes e satisfeitos com a vitória.

Esta vitória mudou o mapa da região, como mostrado na imagem que abre este artigo.

Amores iguais, direitos iguais, nem menos, nem mais. Que viva a cidadania plena, sem discriminação de qualquer natureza. Que viva a Argentina, e que continue dando exemplo para o mundo de como devem ser tratadas as pessoas LGBT.

* Toni Reis convive com seu marido há 20 anos. É especialista em sexualidade humana, mestre em ética e sexualidade, doutorando em educação, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e diretor da Associação para a Saúde Integral e Cidadania na América Latina e no Caribe.
(Fonte: A Capa)

Casamento Gay é legalizado na Argentina

Após 14 horas de discussão, A argentina amanheceu hoje como o primeiro país da América Latina a abrir concessão para o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O projeto aprovado pelo Senado nesta madrugada, deve seguir para a sanção da presidente Cristina Kirchner, que super se identifica com a causa.
Com 33 votos a favor, 27 contra e três abstenções, o resultado positivo alegrou em primeira mão os vários manifestantes que estavam em vigília em frente a Casa dos Congressos. O processo de decisão foi conturbado dentro e fora do Congresso argentino. Muitas horas antes, cartazes como "Só homem e mulher" se confrotavam com "Tirem seus rosários de nossos ovários".
Segundo o projeto, "casamento garante os mesmos requisitos e efeitos independentemente das partes contraindo serem do mesmo sexo ou de sexos diferentes". Sancionado, ele, além de viabilizar legalmente o casamento homoafetivo, ainda inclui adoção e direito a herança.
(Fonte: G. Online)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Gays continuam impedidos de doar sangue, diz Ministério

Em portaria, Ministério da Saúde mantém proibição para gays doarem sangue
O Ministério da Saúde vai manter a proibição para homossexuais doarem sangue. O órgão federal lançou uma consulta pública para ouvir, até o próximo dia 2, sugestões para alterar os procedimentos da doação de sangue levando em conta o aumento na longevidade do brasileiro.
Sendo assim, continuam impedidos de doarem sangue os homens que tiveram relação sexual com outros homens nos 12 meses que antecedem a doação, independentemente do uso de preservativos ou da quantidade de parceiros. O Ministério argumenta que para essa restrição segue a orientação da Organização Pan-Americana de Saúde.
As mudanças podem ser sugeridas neste endereço e vão atualizar os procedimentos por meio da Consulta Pública/ANVISA nº 53, de 01/06/2010. Para o Ministério, “a consulta pública servirá valorosamente para apurar e concluir o trabalho para posterior implementação do Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos no país”.
(Fonte: Mix Brasil)

Conhece o guia para PMs sobre a comunidade LGBT?

Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transsexuais, a ABGLT, mandou um e-mail se dizendo emocionado ao ver um Guia para policiais militares pedindo respeito a população LGBT.
O conteúdo foi feito pela Secretaria Nacional de Segurança Pública Ministério da Justiça, Secretaria de Direitos Humanos e com patrocínio da Comunidade Européia. Olha que bacana! Só esperamos que os fardados sigam:

- A orientação sexual das pessoas não pode ser motivo de discriminação.
- A população LGBT tem os mesmos direitos que todas as pessoas e não deve ser desrespeitada, violada ou humilhada.
- Respeite a orientação sexual de cada um e não faça gracejos ou críticas.
- Todas as denúncias de pessoas que aleguem ser vítima de crime devem ser registradas, independentemente de sua orientação sexual.
- A busca pessoal em homossexual masculino será realizada da mesma forma que se realiza em homens.
- Pergunte à pessoa abordada como deseja ser chamada.
- Não constranja ou humilhe a travesti ou transexual lendo em voz alta o seu nome constante da carteira de identidade.
- Ao referir-se a travestis e transexuais, utilize pronomes femininos.

(Fonte: G Online)

Justiça permite adoção de criança por casal gay em Santa Catarina

Justiça permite que criança seja adotada por casal de mulheres na cidade de Pirraças, Santa Catarina
A juíza Joana Ribeiro Zimmer, da cidade de Pirraças, litoral norte de Santa Catarina, aceitou o pedido de adoção de uma criança por um casal homossexual. O menor estava sob a guarda das mulheres desde os primeiros dias de vida. Na decisão da juíza, valeu o bem estar da criança, que "apresenta desenvolvimento sadio e seguro". “Desta forma, entendo que, apesar de não estar expressamente prevista em lei a possibilidade de adoção por um casal de homossexuais, não há como negar que não há proibição”, escreveu a magistrada.
Ainda em Santa Catarina, na cidade de Joinville, um casal de mulheres também conquistou o direito legal de adotar uma criança no fim do ano passado. Outros similares também correm na Justiça por todo o Estado.
(Fonte: Mix Brasil)

Fundamentalista religioso americano diz que "o Brasil é uma representação fiel de uma Sodoma moderna"

Fred Phelps, 80, fundador da Igreja Batista de Westboro, que é declaradamente fundamentalista e homofóbica, escreveu o texto God Hates Fags (Deus Odeia as Bichas).
No texto sobre o Brasil, Fred Phelps diz que São Paulo é a segunda maior cidade do mundo, e é a “capital das bichas”. Segundo o pastor fundamentalista e homofóbico, da mesma forma como Sodoma e Gomorra foram destruídas, o Brasil terá o mesmo fim ao longo dos tempos.
Phelps cita a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. "Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios corações, para desonrarem seus corpos entre si”, diz o pastor ao citar Romanos 1: 24-28.
Além de atacar os gays brasileiros, ele cita a prostituição infantil, o número de homicídios, a devastação da Amazônia, traficantes e outras questões apocalípticas para a devastação do Brasil.
(Fonte: Mundo Mais)

Em São Paulo, o filme Brokeback Mountain vira peça de teatro

O conto de Annie Proulx que deu origem ao filme "O Segredo de Brokeback Mountain" vai ter sua versão para os palcos.
O espetáculo "Aboio - Conto de Amor" mostra o relacionamento homoafetivo entre dois vaqueiros que não aceitam e não sabem lidar com sua homossexualidade, e em um fim de tarde , após exaustivo dia de trabalho decidem o futuro de seu relacionamento.
A palavra "Aboio" significa canto sem palavras, triste, entoado pelos vaqueiros quando conduzem o gado, com o fim de guiá-lo.

"Aboio - Conto de Amor", sob direção de Maurício Lencastree, com Gherardo Geep e M. Stipp no elenco, estréia no domingo, dia 15 de agosto às 20h.

Serviço:

LOCAL - MUBE - Av. Europa, 218.
INFOLINE - 8077.8025
TODOS OS DOMINGOS, 20 HORAS
De 15 de agosto a 28 de Novembro
192 lugares
70 minutos
Faixa Etária: 16 anos
(Fonte: G. Online)

domingo, 4 de julho de 2010

Márcio Retamero: Atenção presidenciáveis, casamento não é sacramento!

A confusão está instalada! Dilma Rousseff (PT) assim como Marina Silva (PV) declarou que é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A primeira disse ser à favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, e, a segunda, que é à favor da "união de bens" seja lá que "raios" isso seja!

Eu quero crer que o nível cultural de ambas seja maior do que elas demonstram nessa questão tão importante para o processo de emancipação cidadã dos LGBTs brasileiros e que fazem essa confusão de termos quando dão declarações sobre o assunto por pura e simples desonestidade intelectual mesmo, com vistas ao voto do povo evangélico fundamentalista brasileiro.

Sim, quero crer que ambas têm sido desonestas intelectualmente ao trazerem a confusão dos termos casamento e união civil (Dilma) e "de bens" (Marina), pois do contrário, creio que ambas precisam ler mais, se instruir mais no quesito legislação brasileira, para além de serem muito mal assessoradas, pois já que não podemos exigir um nível melhor das candidatas, então, que os partidos PT e PV encontrem alguém capaz intelectualmente para explicar e instruí-las na questão! Contudo, nem precisa de assessores, basta ambas abrirem o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e buscar o vocábulo casamento. Lá, encontrarão sob a rubrica cultura, a seguinte definição:

"Casamento Civil: JUR aquele que é celebrado sob os princípios da lei civil".

Caso as presidenciáveis queiram se instruir ainda mais em matéria religiosa, já que estamos num país cuja maioria da população é cristã e já que ambas estão de olho, pelo que me parece, no voto dos evangélicos fundamentalistas, deveriam consultar as confissões de fé e os catecismos protestantes. Sim, eles existem senhoras presidenciáveis!

Um dos mais antigos catecismos protestantes, datado de 1561, é o Catecismo de Heidelberg (CH), assim chamado porque escrito na cidade de Heidelberg na Alemanha, a pedido de Frederico III, príncipe do Palatinado, uma influente província alemã. Por sua antiguidade e alto conhecimento teológico, este é o mais respeitado compêndio de doutrinas protestantes em todo o mundo e temos edições do mesmo em português, além de vários livros que comentam o mesmo (deixo a dica para as presidenciáveis).

A pergunta 66 do CH esclarece: "Que são sacramentos? Os sacramentos são sinais e selos visíveis e santos, instituídos por Deus para que ele possa declarar de modo mais claro, bem como selar em nós, a promessa do evangelho, ou seja, que ele nos garante livremente a remissão do pecado e a vida eterna por causa do único sacrifício que Cristo fez na cruz".

Agora prestem atenção, queridas candidatas a presidente do Brasil. Pergunta 68 do CH: "Quantos sacramentos Cristo instituiu na nova aliança, ou no novo testamento? DOIS, OU SEJA, O SANTO BATISMO E A CEIA DO SENHOR".

Agora entenderam? Casamento não é sacramento na doutrina evangélica, pois esta reconhece somente dois sacramentos, a saber, o batismo e a ceia do Senhor ou eucaristia.

Na Igreja Católica Romana, casamento é sacramento, mas eu não creio muito que as candidatas estejam interessadas nisso, pois segundo a revista "Veja" os evangélicos já são mais de 27 milhões de adeptos, ou seja, fatia grande o bastante para decidir qualquer pleito eleitoral neste país.

A pergunta que não quer calar é: por que as candidatas estão misturando alhos com bugalhos? Sim, pois nenhuma das duas são membros na hierarquia de igreja alguma! Então por que dizem ser à favor de união civil e de bens, mas contra o casamento, já que neste país, pelo menos no papel, o Estado é laico? Sendo laico, não interessa ao Estado, tampouco os que o governam, se para as igrejas cristãs fundamentalistas casamento seja sacramento (vimos que não é), pois para o Estado só existe e somente deve existir o casamento civil. Sendo assim, o casamento deve ser estendido a todos os cidadãos deste país, pois a Constituição diz que todos são iguais perante a lei. Do contrário, o artigo 5º da nossa Carta Magna só está ali para enfeitá-la, o que realmente, não nos interessa! Se está em nossa Constituição, cumpra-se!

Eu sei que estrategicamente a militância LGBT não gosta da palavra casamento, preferindo o conceito jurídico de união civil. Lembram do projeto de Marta Suplicy (PT/SP)? Desde aquela época, fundamentalistas religiosos que ocupam mandatos no Congresso Nacional, como Severino Cavalcanti (PP/PE), começaram a embaralhar os termos com vistas a alimentar a ignorância do senso comum em relação à matéria, fazendo gracinhas do tipo: "dois machos casando de véu e grinalda" ou "duas mulheres no altar".

Ora, ninguém aqui quer casar de "véu e grinalda", tampouco casar nas igrejas evangélicas fundamentalistas (cruzes!) ou católica! Ninguém aqui está lutando por isso! O que queremos é igualdade de direitos, nem mais, nem menos, pois nossa Constituição diz que somos iguais perante a lei. O casamento civil nada tem a ver, como acima demonstrado, com o casamento religioso. Quem confunde o termo casamento civil com o religioso quando o que está sendo discutido é direito LGBT, o faz pervertidamente e com nenhuma boa intenção: faz porque sabe que em fazendo, colocam a parcela cristã fundamentalista, que é majoritária, contra nossa luta.

Aqui ninguém é tolinho ou ingênuo! Estamos de olho em vocês, senhoras candidatas! Parem já com a desonestidade intelectual com vistas ao apoio do voto evangélico fundamentalista e assumam posições claras, honestas, sem criar confusão de termos, pois é isso que esperamos de vocês, no mínimo: respeito e honestidade. O povo LGBT do Brasil agradece!

* Márcio Retamero, 36 anos, é teólogo e historiador, mestre em História Moderna pela UFF/Niterói, RJ. É pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro - uma Igreja Protestante Reformada e Inclusiva -, desde o ano de 2006. É, também, militante pela inclusão LGBT na Igreja Cristã e pelos Direitos Humanos. Conferencista sobre Teologia, Reforma Protestante, Inquisição, Igreja Inclusiva e Homofobia Cristã. Seu e-mail é: revretamero@betelrj.com.
(Fonte: A Capa)

Justiça reconhece união homossexual

Para a funcionária pública R., 49 anos, as duas folhas de papel ofício assinadas pelo juiz de direito Geraldo Bizerra de Sousa no último dia 29 de junho equivalem a uma cerimônia de casamento, com direito a véu, grinalda e buquê de flores. Entretanto, o documento é mais que isso. Segundo o advogado Felipe Rinaldi do Nascimento, a sentença, cujo processo esteve a seu encargo, pode ser a primeira, no Ceará, a reconhecer, no âmbito da Justiça Comum, a união entre duas pessoas do mesmo sexo. No caso, R. e sua companheira, uma técnica em enfermagem 17 anos mais jovem.

Rinaldi explica que o reconhecimento de uniões homoafetivas já é uma realidade no direito brasileiro. O que torna a história de R. especial é o seu ineditismo. “O Judiciário no Brasil afora já vem se manifestando favoravelmente (à união). Na Justiça Comum, acho que somos o primeiro o caso (no Ceará)”. O advogado, que já atuou em processos semelhantes, aplaude o avanço. “A decisão abre um precedente para que outras pessoas busquem reconhecimento das suas uniões homoafetivas nas varas de família. É importante que elas tenham os seus direitos garantidos: alimentícios, sucessórios, previdenciários etc.” Na prática, R. pode, por exemplo, estender o benefício do plano de saúde a que tem direito à sua companheira. Em caso de separação, os bens das duas serão divididos igualmente. Retroativa, a medida vale para tudo que foi adquirido desde março de 2003, mês em que passaram a ter uma relação estável. R., porém, afasta qualquer ideia relacionada ao fim do idílio amoroso. Agora, elas querem celebrar a novidade.

E já começaram. O fim de tarde da terça-feira, 29, foi um rebuliço. Do outro lado do telefone, o advogado anunciava: R. podia comemorar. “Ainda bem que já estava sentada na cama”, brinca. “Foi como selar um sentimento, realizar um sonho.” Na mesma terça, as duas saíram pra jantar. “E aí, depois, depois, né?!”

E-MAIS

De acordo com o advogado Felipe Rinaldi do Nascimento, R. e sua companheira já haviam feito um contrato de parceria ou escritura pública, lavrado em cartório. Entretanto, quando R. tentou estender o benefício do plano de saúde à parceira, a empresa responsável exigiu que a união fosse comprovada judicialmente e não apenas por meio do documento apresentado.

Então, o advogado ingressou com processo na 8ª Vara de família. “O objetivo era reconhecer a união estável entre as duas”, disse Rinaldi.

A sentença que reconhece a união homoafetiva foi assinada, mas ainda precisa ser publicada. Segundo o advogado, a publicação não tem prazo definido.

Ainda de acordo com Rinaldi, a decisão do juiz foi baseada nos princípios constitucionais da dignidade humana e da igualdade e refletem um novo quadro jurídico no País. Hoje, “o juiz não pode deixar de apreciar alegando obscuridade jurídica”, informa. A sentença confirma a tese. Nela, lê-se que “mesmo inexistindo no direito positivo pátrio a previsão de reconhecimento de união entre pessoas do mesmo sexo, não pode o juiz eximir-se da apreciação de casos nesse sentido proposto”.

R. conheceu a parceira em 2001. Dois anos depois, tomaram a decisão de viver juntas. Ainda sem acreditar na decisão judicial, R. manda o recado: “Queria dizer para as pessoas que é muito bom ir atrás desse direito. Tem que acabar com esse tabu. O amor é mais importante.”

(Fonte: O Povo Online)



Veja o beijo gay exibido pelo SBT

O SBT exibiu, em horário nobre, o tão aguardado beijo gay entre dois participantes do programa “Qual É o seu Talento?”. A cena competiu com a novela global “Passione”, líder de audiência da TV aberta no horário. O beijo aconteceu depois de uma apresentação de tango entre dois rapazes. A platéia aplaudiu de pé e os jurados foram unânimes em classificar a dupla “Two Men”, formada por Rodrigo e Gustavo, para a semifinal da competição. Nos bastidores, o apresentador André Vasco, comemorando ao lado da dupla, proclamou: “Esse é o programa da maior diversidade sexual (…) no Brasil”. Com isso, o SBT mostrou aquilo que as tramas globais há muito tempo prometem, mas nunca tem coragem de mostrar.

Os dados de audiência do "Qual É o seu Talento" ainda não foram divulgados.



(Fonte: G OnLine)

Dilma Rousseff diz ser favorável à união civil homossexual, mas pisa em ovos como Marina Silva e Serra

Candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff afirmou ser favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo. A declaração foi dada ontem, 28, no programa Roda Vida, da TV Cultura.

A pergunta foi feita por um telespectador via internet, mas foi feita também aos candidatos Marina Silva (PV-AC) e José Serra (PMDB-SP) quando passaram pelo programa. Sempre atrelada no mesmo pacote dos “assuntos polêmicos”, como o aborto, desta vez não foi diferente. A pergunta foi feita de uma só vez.

Os discursos dos presidenciáveis são praticamente iguais. Todos pisam em ovos e tocam na questão religiosa, mostrando que o Estado brasileiro não é tão laico como dizem. Foi assim com Serra, Marina e também com Dilma, que foi enfática quanto à pergunta do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Eu sou a favor da união civil”, disse, para logo após falar na relação do casamento no viés religioso. “Acho que a questão do casamento é uma questão religiosa”, afirmou. Dilma salientou que o Estado e os indivíduos não ditam o que as religiões devem fazer.

De forma civil – “Eu, como indivíduo, jamais me posicionaria a respeito do que uma religião deve ou não deve fazer. Se é uma questão da religião a gente tem que respeitar o que a religião considera. Agora, os direitos civis básicos, como a herança e o direito de receber aposentadoria do parceiro ou da parceira, eu acho que são direitos civis. Esses têm que ser reconhecidos de forma civil”, disse. Quando ao aborto, disse ser contrária à mudança na legislação vigente no Brasil, mas defendeu que mulheres pobres têm direito de fazerem aborto na rede pública de saúde, pois mulheres ricas fazem em clínicas particulares.
(Fonte: Mundo Mais)

Governo de São Paulo prorroga prazo para inscrições de projetos culturais com temática LGBT até 22 de julho

A Secretaria de Cultura do estado de São Paulo prorrogou para o dia 22 de julho as inscrições de projetos do Concurso de Apoio a Projetos de Promoção das Manifestações Culturais com Temática LGBT no Estado de São Paulo.

Serão escolhidos 34 projetos, totalizando o valor de R$ 500 mil de financiamento. Dos projetos aprovados, 21 deles vão ganhar o valor de R$ 10 mil, outros dez vão ganhar R$ 20 mil, e três deles o valor de R$ 30 mil.

Para orientar os interessados na elaboração dos projetos, a partir do próximo dia 08, a Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual e a Secretaria da Cultura vão ministrar oficinas aos interessados de São Paulo, Campinas, São José do Rio Preto e Piracicaba. [Veja a agenda abaixo].

Para participar das oficinas, é necessário enviar um e-mail à Coordenação de Políticas de Diversidade Sexual (diversidadesexual@sp.gov.br) com os seguintes dados: nome completo, nome social, número de RG e CPF, endereço completo, telefones, e-mail. No caso das oficinas que serão ministradas na cidade de São Paulo, os interessados deverão indicar a preferência de data.

Quem pode se inscrever? – Podem se inscrever projetos de apresentações públicas de manifestações culturais com temática LGBT; Realização de atividades de valorização, preservação e difusão das manifestações culturais com temática LGBT; Realização de atividades voltadas à promoção da visibilidade e preservação da memória LGBT; Publicação de livro(s) com temática LGBT; Produção de registro audiovisual (DVD) com temática LGBT e Produção de registro musical (CD) com temática LGBT. Para ver o edital, clique AQUI

AGENDA DE OFICINAS
08/07/10 – Piracicaba
Local: Unimep – Universidade Metodista de Piracicaba, Rodovia do Açúcar, km 156, Campus Taquaral.
Horário: 8h às 18h
Contato: Anselmo Figueiredo (CASVI – Centro de Apoio e Solidariedade à Vida)

12/07/10 – Campinas
Local: Escola de Governo, Av. Aquidaban, nº 505, Centro.
Horário: 8h às 18h
Contato: Valdirene Santos (Centro de Referência LGBT)

13/07/10 – São José do Rio Preto
Local: GADA, Rua Voluntários de São Paulo, 3398, Centro.
Horário: 8h às 18h
Contato: Júlio César Figueiredo Caetano (GADA – Grupo de Apoio ao Doente de Aids)

15 e 16/07/2010 – São Paulo
Local: Escola Fazendária do Estado de São Paulo, Rua do Carmo, n° 88, Centro.
Horário: 8h às 18h
Contato: Angela Beatriz Tanonaka (Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual).

OBS: Mais informações sobre as oficinas pelo telefone (11) 3291-2700
(Fonte: Mundo Mais)

Militância brasileira faz chamado para ano de eleições

As cerca de 240 entidades integrantes da ABGLT (Associação Brasileira de Gays Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Trangêneros) vão começar sua movimentação para as Eleições 2010. O presidente da entidade, Toni Reis, fez neste Dia Mundial do Orgulho Gay, 28 de junho, um chamado para que militantes do Brasil todo enviem sugestões de propostas de governo.

O objetivo é unir todas as sugestões “para fazer a carta compromisso para todos os (as) candidatos (as)”. Isso porque, segundo Toni, “é fundamental a ABGLT ter as propostas para todos (as) os (as) candidatos (as) que pedirem apoio”. Além disso, a ABGLT pede ainda que os candidatos e candidatas LGBT nas eleições deste ano também se manifestem para que seja feita uma lista deles.

O e-mail para as sugestões e para os candidatos é o presidencia@abglt.org.br.
(Fonte: Mix Brasil)