domingo, 29 de agosto de 2010
Em carta a evangélicos, Dilma defende família e diz que “uniões estáveis para as minorias” cabem ao Congresso
Na carta aberta, após chamar os leitores de “meus amigos, irmãos e irmãs brasileiros”, Dilma conclama os evangélicos que querem um Brasil melhor e mais “perto da premissa do evangelho” que – segundo ela – “é desejar ao próximo aquilo que queremos para nós mesmos”.
A candidata cita os programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida como trabalhos do governo parecidos com os das igrejas evangélicas em nome da família. “Compreendemos como as igrejas, todas sem distinção de denominações cristãs, são importantes e necessárias neste projeto de apoio e resgate da família e da sociedade”, diz a carta de Dilma.
Dilma Rousseff censura no seu texto a palavra “homossexual” ao se referir à união civil homossexual. Usa o termo “uniões estáveis para as minorias”, e diz que isso é responsabilidade do Congresso. "Cabe ao Congresso Nacional a função básica de encontrar o ponto de equilíbrio nas posições que envolvam valores éticos e fundamentais, muitas vezes contraditórios, como aborto, formação familiar, uniões estáveis e outros temas relevantes, tanto para as minorias como para toda sociedade brasileira", diz a candidata.
O folheto de propaganda eleitoral da petista ainda traz depoimentos, bem como fotos de líderes evangélicos como o bispo e deputado federal Manoel Ferreira (PR-RJ), o bispo fundador da igreja Sara Nossa Terra e deputado federal Robson Rodovalho (PP-DF) e – entre outros nomes – o do deputado federal homofóbico membro da Assembleia de Deus Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor do projeto de lei PL-7382/2010, que pune a “discriminação a heterossexual”, uma espécie de antiprojeto de lei do PLC-122/06, que pune a homofobia no Brasil. ‘‘É inegável que o presidente Lula é, seguramente, um dos melhores presidentes (se não for o melhor), que tivemos ao longo da nossa história. Só por esse motivo, e sabendo que a Dilma foi o braço direito dele nesses oito anos, já me motivaria para isso”, diz o deputado Cunha.
Após os depoimentos dos evangélicos, um pequeno texto intitulado “Estudo Aponta que Metade do Eleitorado Brasileiro Será Evangélico em 2020”, mostra que “se o crescimento constatado entre 1991 e 2000 continuar, a população evangélica brasileira chegará a cerca de 55 milhões neste ano. Com esse crescimento, a igreja evangélica do Brasil alcançará 50% da população do país em 2020”. O estudo é do Serviço de Evangelização para a América Latina (Sepal).
Se a máxima “todo político é igual” valer para as questões dos direitos civis dos homossexuais, esta máxima está valendo. Exceto Plínio de Arruda Sampaio (PSOL-SP), os demais candidatos à presidência da República, ou seja, José Serra (PSDB-SP) e Marina Silva (PV-AC), também utilizam esta mesma estratégia rocambolesca do escrever com a mão e apagar com o cotovelo. Todos os candidatos de olho nesse “filão” que é o “Povo de Deus” e seus aliados. Fica difícil acreditar em possíveis garantias para os LGBT com estes três políticos que, a cada dia, mostram mais como este país de laico não tem nada e de rabo preso tem um monte!
Beijaço pró-união gay acontece em setembro em SP
O beijaço faz parte da mobilização por direitos civis da comunidade LGBT. A iniciativa pretende aproveitar o processo eleitoral brasileiro para discutir a ampliação de direitos civis e humanos, inclusive o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Segundo os organizadores, "o objetivo é chamar a atenção para a necessidade de equiparação dos direitos civis de todos os cidadãos brasileiros, sejam hétero ou homoafetivos e denunciar a situação de violência e exclusão à qual estão submetidas as pessoas de orientação sexual e identidade de gênero não hegemônicas".
O ato vai reivindicar a aprovação urgente do PLC 122, que criminaliza a homofobia.
Participe e faça valer seus direitos!
Agência de adoção católica perde recurso contra lei que proíbe discriminação contra pais gays
Contudo, na visão da Charity Commission, órgão britânico que regula instituições sociais, os Homossexuais podem sim ser ótimos pais e as opiniões baseadas na religião não justificam a discriminação, sendo assim, nesta semana a agência o recurso apresentado contra a lei que proíbe a discriminação contra Homossexuais no Reino Unido.
Justiça condena prefeitura de Itu (SP) por discriminação e assédio moral a motorista de ambulância transexual
Nilce será indenizada no valor de R$ 40 mil e terá que voltar às suas funções, como determinou o Ministério Público do Trabalho (MPT). Concursada há 14 anos como motorista de ambulância, Nilce passou a ser discriminada após a mudança de sexo e, no ano passado, deu entrada do processo na Justiça.
O chefe da transexual a colocou à disposição, ou seja, ela cumpria o horário de trabalho, mas não podia transportar os pacientes. Ainda que tivesse pacientes graves e os demais motoristas na rua, a transexual era impedida de realizar sua função. Com a redução de horas de trabalho, seu salário baixou drasticamente
Conforme o desembargador do Trabalho Lorival Ferreira dos Santos diz eu seu parecer, a atitude da chefia de Nilce “foi decorrente de uma discriminação que não foi declarada, mas, sim, velada, que é aquela que é mais difícil de ser comprovada porque não se caracteriza por comportamento visível a todos”. Caso a Prefeitura de Itu não pague a indenização, terá que pagar uma multa diária pelo atraso. O valor da multa ainda será definida pela Justiça do Trabalho.
Aguinaldo Silva critica a hipocrisia brasileira por não exibir beijo entre homossexuais nas telenovelas
"Portugal é muito mais aberto a certos temas ‘delicados’ do que o Brasil. O beijo gay, por exemplo, já aconteceu na televisão portuguesa, sem que houvesse outro terremoto em Lisboa. O brasileiro faz qualquer negócio, mas não quer que se diga isso na televisão. Qual é mesmo o nome pra isso? Ah sim: hipocrisia", diz Aguinaldo.
Aqui no Brasil, Aguinaldo adiantou o nome da sua próxima novela. Intitulada Fina Estampa, ele diz que será um novelão. No entanto, não deixa de ter uma postura ácida em relação a algumas personalidades. Segundo ele, as novelas atuais estão monótonas e que falta criatividade. “Escrever novelas virou um ato de pura burocracia, e burocracia é coisa para Ideli Salvatti”, diz referindo-se à Atal candidata do PT ao governo de Santa Cataria.
Depois do PSOL, PSTU também leva beijo gay à televisão
De acordo com a assessoria do PSTU, o beijo gay está dentro da linha do partido, que visa propor temas para serem debatidos com a sociedade, como a luta contra a homofobia.
Apesar de tabu nas novelas, o beijo gay não foi novidade na política. No último dia 18, o PSOL causou polêmica na televisão ao protagonizar o primeiro beijo entre homens. Paulo Búfalo, candidato do partido ao governo de São Paulo, defende a estratégia:
“Nós avaliamos que as demonstrações de carinho precisam ser mostradas. São manifestações legítimas e mostram que o estado precisa ter políticas públicas para isso. O estado precisa ser laico, democrático. Precisa combater a homofobia nas suas políticas.”
O diretor da peça publicitária do PSOL, Pedro Ekman, garantiu que a intenção não foi chocar, mas simplesmente celebrar a diversidade.
Programa Cultural LGBT do governo de SP recebe 198 projetos
Iniciativa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual, e da Secretaria da Cultura, o edital foi lançado para fomentar a promoção de manifestações culturais com a temática LGBT. “Temos certeza de que as atividades culturais contribuirão imensamente para estabelecermos uma nova forma de diálogo para a promoção da cidadania de todos nós, LGBT”, comemora Dimitri Sales, titular da Coordenação.
Os interessados em apresentar seus projetos contaram com ajuda do governo para elaborá-los, evitando assim falhas técnicas que poderiam atrasar ou até mesmo desqualificar as iniciativas. Foram realizadas oficinas em Piracicaba, Campinas, São Jose do Rio Preto e São Paulo, capacitando um total de 95 pessoas de 16 cidades do Estado.
STF nega recurso que questionava adoção por casal gay
O caso teve início em 2005, quando Toni e David apresentaram pedido de qualificação para adoção conjunta junto à Vara da Infância e da Juventude de Curitiba. Dois anos e meio depois, após todos os trâmites, o juiz deu parecer favorável à adoção pelo casal, mas com uma ressalva: eles deveriam necessariamente adotar uma criança do sexo feminino e maior de 10 anos.
David e Toni recorreram da senteça e o Tribunal de Justiça do Paraná determinou que a "limitação quanto ao sexo e à idade dos adotandos em razão da orientação sexual dos adotantes é inadmissível". Foi aí que o Ministério Público interveio, mas o STF considerou que o recurso apresentado pela instituição estava em "flagrante descompasso" com a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná.
A decisão foi proferida em 16 de agosto, mas publicada pelo Diário do STF apenas nesta semana. Foi a primeira vez que a corte máxima brasilera discutiu a adoção de criança por um casal gay.
Supremo Tribunal Federal concede ao presidente da ABGLT e a seu companheiro o direito de adoção
Na decisão, o relator Marco Aurélio Mello destaca que as uniões homoafetivas já são reconhecidas como entidade familiar com origem de vínculo afetivo, e que merecem a legalização de tutela. “Não há razão para limitar a adoção, criando obstáculos onde a lei não prevê”, diz o magistrado.
A decisão foi publicada na última terça-feira, 24. O relatório de dez páginas também enfatiza a limitação da idade da criança que Reis e Harrad podem adotar. Isso porque a justiça do estado do Paraná fez restrições no pedido de adoção na 2ª Vara da Infância e Juventude e Adoção de Curitiba, realizado em 2005.
Segundo o órgão, o casal não poderia adotar crianças do sexo masculino, principalmente os maiores de dez anos. “Delimitar o sexo e a idade da criança a ser adotada por casal homoafetivo é transformar a sublime relação de filiação, sem vínculo biológico, em ato de caridade provido de obrigações sociais e totalmente desprovido de amor e comprometimento”, destacou o relator.
O ministro Marco Aurélio criticou a comarca do Paraná pela discriminação. “Há flagrante descompasso entre o que foi decidido pela Corte de origem e as razões do recurso interposto pelo Ministério Público do Estado do Paraná”, disse. Por conta disso, a decisão da comarca do Paraná foi anulada. Toni Reis e David Harrad vão entrar novamente com o pedido de adoção e seguir os trâmites legais como os casais heterossexuais.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Casal gay pode adotar filho de qualquer sexo e idade, decide STF
A Justiça paranaense havia restringido a adoção a meninas maiores de 10 anos. O Tribunal de Justiça considerou "inadmissível" a decisão, mas o Ministério Público recorreu ao STF.
"Delimitar o sexo e a idade da criança a ser adotada por um casal homoafetivo é transformar a sublime relação de filiação, sem vínculo biológico, em ato de caridade provido de obrigações sociais e totalmente desprovido de amor e comprometimento", declarou Mello.
O ministro rejeitou por razões processuais o recurso no qual o MP contestava decisão favorável ao casal. "Não adentrei no mérito. Não houve a adoção de um entendimento pelo STF." O recurso do MP foi rejeitado porque estava em descompasso com a decisão da Justiça paranaense. "Agora vou realizar meu sonho de exercer a paternidade e ser feliz ao lado do meu marido e nossos filhos", disse Harrad.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Vice de Dilma Rousseff, Michel Temer diz ser a favor da união civil gay, mas “dos bons costumes” a evangélicos
Na linha do politicamente correto, Temer disse que não gostava de misturar política com religião e que se sentia “constrangido em falar de política durante o culto”. Ora, mas a pergunta que não quer calar: mas o que ele fazia ali?
Na sua fala, Temer disse ser “a favor da vida e dos bons costumes”, sem especificar do que se tratava sua afirmação. O que se sabe é que a igreja evangélica é contra a união civil homossexual em nome dos “bons costumes”.
Quem acompanhava Temer era o deputado evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor do projeto PL-7382/2010, que pune a "discriminação a heterossexual", um projeto de lei que faz chacota ao PLC-122/06, que pune a homofobia no Brasil.
Cunha salientou que Temer ajudou na aprovação da Lwi Geral das Religiões, cujo relator foi o próprio Cunha, que deu caráter de urgência para aprovação da lei. Aprovada em 27 de agosto do ano passado, a Lei Geral das Religiões foi um acordo entre católicos e evangélicos ratificado entre o governo brasileiro e o Vaticano. O acordo entre o governo e o Vaticano criaria o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil. A Lei Geral das Religiões foi exatamente um plágio do estatuto, modificando apenas o termo “Igreja Católica” por “Instituições Religiosas”.
A bancada evangélica alegou que o estatuto priorizaria a religião da Santa Sé. No arrumadinho nada laico com o Congresso Nacional, a lei assegura a isenção de impostos, a proteção do patrimônio (leia-se dinheiro recolhido dos fieis, imóveis, entre outros) e dos locais de culto, o ensino religioso nas escolas, bem como pregações aos enfermos em hospitais e assistência social, além de uso de símbolos, imagens e objetos religiosos. O único partido a votar contra o projeto foi o PSOL.
O coordenador evangélico do PT Manuel Ferreira foi quem apresentou o candidato aos fiéis, dizendo que Temer era um servo de Deus. “Com muita alegria apresento a vocês um homem que conheço há mais de 30 anos. É um homem público, um deputado federal que tem grande influência neste país. Ele valoriza a vida, a família e a fé”, disse Ferreira. “Quero louvar a Deus pela oportunidade de conhecê-lo”, disse Temer depois do seu discurso, agradecendo a acolhida de Manuel Ferreira.
No debate entre os candidatos a vice-presidente, realizado no último dia 18, Temer se disse favorável à união civil, e que casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma “terminologia equivocada”. “Trata-se de uma relação de natureza civil. Então, diante da nova realidade social do mundo, precisamos ter uma legislação que faça o reconhecimento dessa relação civil. Se as pessoas vão casar, se vão fazer solenidade, não importa”, disse Temer.
Universitário joga bandeira do arco-íris para Marina Silva, questiona sobre casamento gay, mas ela diz não
Situação semelhante aconteceu em abril quando o vereador homossexual de Alfenas (MG), Sander Simaglio (PV-MG), deu de presente à candidata a bandeira do arco-íris e ala se recusou em segurar.
Já no debate, Lucas Pio questionou à candidata seu posicionamento sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Marina, que dissimulou muitas vezes, saiu do armário e disse que “o casamento é uma instituição de sexos diferentes. Uma instituição pensada há milhares de anos. Não tenho uma posição favorável”, reafirmou sua posição.
Na sua resposta ao universitário, Marina disse ser a favor apenas ao “direito à herança, ao plano de saúde conjunto e a se mudar junto quando alguém é transferido” [em caso de mudança por questões de trabalho]. “Esse é o limite da minha convicção", afirmou. No entanto, a candidata disse ao aluno que tem candidatos que dizem uma coisa em um lugar e outra coisa noutro. Sem tocar nas questões religiosas, uma vez que ela é da Assembleia de Deus, ela disse que tinha muito respeito com os homossexuais, mas que não poderia pensar diferente. "Não tenho como ser diferente", concluiu.
No primeiro dia da propaganda eleitoral, que iniciouterça, 17, no rádio e na TV, Marina Silva não segue essa mesma consciência e coerência. Na sua primeira fala sobre o planeta Terra, já que sua bandeira é o meio ambiente, ela diz que o “Planeta Terra é um milagre”, numa referência religiosa “criacionista”, ou seja, na que foi Deus quem criou o mundo.
Em seguida, a candidata verde entra no discurso “evolucionista”, no qual a ciência darwiniana diz que somos fruto de um processo de evolução de “4 bilhões de anos para criar a incrível diversidade da vida”, como ela diz na propaganda. Depois disso, em nome do meio ambiente, ela fala em ciência no seu discurso apocalíptico. Enfim, a candidata peca a todo tempo nesses seus discursos entre os avanços da humanidade com o retrocesso religioso, mas só quando lhe é cômodo.
(Fonte: Mundo Mais)
Candidatos a vice-presidente concordam sobre união civil gay
(Fonte: Mix Brasil)
Ministério diz que autores usam classificação indicativa como desculpa para não exibir beijo gay
Segundo o secretário, o argumento da classificação indicativa é usado como desculpa para não incluir o beijo gay nas tramas de novelas.
O assunto veio à tona após o PSOL mostrar em seu horário eleitoral gratuito um beijo entre dois homens. A coluna Outro Canal procurou autores de novelas para comentar o assunto.
Ricardo Linhares, colaborador de Gilberto Braga na próxima trama das 20h da Globo, disse: "Será que a classificação indicativa permitiria a veiculação?"
"Alguns roteiristas continuam usando esse argumento para se justificar perante a sua própria classe porque eles fazem uma opção de mercado por não colocar um beijo gay", afirmou em entrevista o secretário nacional de Justiça à Folha. "Parece que os políticos estão mais livres para a ficção do que os roteiristas."
Abramovay diz que, no meio artístico, qualquer comentário preconceituoso é malvisto. "Para não dizerem que estão com medo de colocar e perder audiência, eles colocam a culpa no Ministério da Justiça", avalia.
"Um beijo gay e um beijo heterossexual são exatamente a mesma coisa do ponto de vista da classificação indicativa", afirmou.
Segundo o secretário, essa é uma opção que a obra que tem que fazer "do ponto de vista criativo". "O Ministério da Justiça nunca vai fazer uma classificação partindo de um critério discriminatório", disse.
O secretário diz ainda que está tentando se reunir com os roteiristas para avaliar os critérios usados para a classificação indicativa de novelas.
"Conversei com o Marcílio Moraes [autor da Record e presidente da Associação dos Roteiristas]. Ele achou ótima ideia, mas disse que os roteiristas não têm agenda", afirma.
Para Abramovay, a inclusão de um beijo gay em novelas seria comemorado pelo Ministério da Justiça.
"Um beijo gay pode, inclusive, ajudar a tratar a orientação sexual das pessoas de uma maneira natural. Ajuda na educação das crianças e não atrapalha."
Beijo gay do PSOL desnuda conservadorismo nas eleições 2010
(Fonte: A Capa)
Senadora Fátima Cleide é alvo de campanha homofóbica
Programa "A Liga" mostra o preconceito que gays sofrem ao demostrar carinho em público
(Fonte: A Capa)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
ABGLT divulga lista parcial de candidatos que assinaram compromisso com as causas dos homossexuais
Dos candidatos ao posto de presidente, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL-SP) foi o único a assinar. Já candidato ao Senado, o ex-governador do Paraná Roberto Requião (PMDB-PR) – que tem um histórico de comentários aloprados com os homossexuais – foi o único a assinar.
Já ao posto dos governos estaduais, os candidatos Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), José Maranhão (PMDB-PB) e Paulo Búfalo (PSOL-SP) assinaram o termo de compromisso. Quanto aos deputados federais, este número é de 25, e 20 de candidatos a deputados estaduais.
De todos que assinaram, sete são assumidamente gays, uma é travesti e 42 aliados ou simpatizantes às causas LGBT. Nenhuma lésbica assinou até agora. Uma das reivindicações do termo de compromisso da ABGLT é em defesa do Estado laico, no qual não há nenhuma religião oficial, as manifestações religiosas são respeitadas, mas não devem interferir nas decisões governamentais.
Projetos de lei – No Legislativo, a campanha pede o compromisso com a apresentação e aprovação de projetos de lei que promovam os direitos das pessoas LGBT, com ênfase no combate à discriminação, o reconhecimento legal das uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, e o uso do nome social de travestis e transexuais. Já no Executivo, a ABGLT quer que os políticos se comprometam com a implementação das decisões da 1ª Conferência Nacional LGBT e das Conferências Estaduais LGBT (2008). Veja a lista dos candidatos que assinaram:
Presidência da República
Plínio Arruda Sampaio PSOL 40
Senado
UF Nome Partido Nº
PR Roberto Requião PMDB 151
Câmara dos Deputados
UF Nome Partido Nº LGBT/Aliado(a)
BA ED Brasil PPS 2323 Aliado
GO Marina Sant’Anna PT 1314 Aliada
MG Nilmário Miranda PT 1331 Aliado
MG Osmar Rezende PV 4324 G
MG Sander Simaglio PV 4363 G
PB Luiz Couto PT 1345 Aliado
PB Socorro Pimentel PT 1353 Aliada
PR Dr. Rosinha PT 1313 Aliado
RJ Gabriela Leite PV 4301 Aliada
RJ Jean Wyllys PSOL 5005 G
RJ Renato Cinco PSOL 5055 Aliado
RJ Vladimir Palmeira PT 1351 Aliado
RS Paulo Pimenta PT 1307 Aliado
RS Roberto Seitenfus PSOL 5070 G
SC Leonel Camasão PSOL 5050 Aliado
SE Iran Barbosa PT 1390 Aliado
SP José genoino PT 1313 Aliado
SP Iara Bernardi PT 1310 Aliada
SP Ivan Valente PSOL 5050 Aliado
SP Mara Gabrilli PSDB 4517 Aliada
SP Mateus Novaes PSOL 5095 Aliado
SP Maurício Costa PSOL 5013 Aliado
SP Paulo Teixeira PT 1398 Aliado
SP Renato Simões PT 1366 Aliado
SP Sargento Fernando Alcântara PSB 4010 G
Governador
UF Nome Partido Nº
BA Geddel Vieira Lima PMDB 15
PB José Maranhão PMDB 15
SP Paulo Búfalo PSOL 50
Assembleias Legislativas
UF Nome Partido Nº LGBT/Aliado(a)
AM Samara Soares PCdoB 65024 Aliada
BA Almir Melo PMDB 15555 Aliado
BA Lula Maciel PT 13800 Aliado
BA Marcelino Galo PT 13140 Aliado
BA Vânia Galvão PT 13133 Aliada
DF Alex Alves PDT 12789 Aliado
DF Julio Cárdia PV 43024 G
DF Michel Platini PT 13021 G
MG Labenert Mendes PT 13107 Aliado
MT Kiko (Odorico Ferreira Cardoso Neto) PT 13613 Aliado
PB Fernanda Benvenutty PT 13222 T
PB Socorro Brito PT 13135 Aliada
PR Fábio Camargo PTB 14014 Aliado
PR Professor Lemos PT 13013 Aliado
PR Tadeu Veneri PT 13131 Aliado
RJ Leonardo Giordano PT 13130 Aliado
SC Willian Conceição PSOL 50050 Aliado
SP Carlos Giannazi PSOL 50789 Aliado
SP Eduardo Amaral PSOL 50740 Aliado
SP Ibraim PMDB 15100 Aliado
A Escola Jovem LGBT terá aulas de defesa pessoal para homossexuais se defenderem de homofóbicos
O curso será ministrado pelo professor de ninjutsu Paulo Claro, que aceitou a solicitação do diretor da Escola Jovem LGBT Deco Ribeiro a ser voluntário. Segundo o professor, muitos atacam os homossexuais porque esperam uma fragilidade deles, como fazem com as mulheres.
Nas aulas de defesa pessoal, o professor dará dicas de como os alunos podem – em caso de agressão física homofóbica – imobilizar e desarmar o xexelento e desalmado do agressor uó. "O que vamos ensinar é como escapar de agarramentos, como impedir de ser agredido e como controlar o nervosismo”, conta Claro.
“Se nós mesmos não nos cuidamos, quem cuidará?” É o que questiona Deco Ribeiro. Segundo ele, o mais importante no curso é dar orientações aos alunos LGBT de como não caírem em enrascadas. “Essa formação é essencial para esses jovens gays e travestis que, muitas vezes, passam a noite toda na rua, vulneráveis a toda sorte de homofobias”, diz. O curso é gratuito e será oferecido todo sábado, das 10h às 12h, na Escola Jovem LGBT.
Em funcionamento desde março deste ano em Campinas, a 93 quilômetros de São Paulo, a Escola Jovem LGBT também dará sequência aos cursos de Expressão Gráfica (Criação de Fanzines), Expressão Artística (Dança) e Expressão Cênica (WebTV). Estes cursos também são gratuitos.
Serviço:
Escola Jovem LGBT, Rua José Camargo, 382 - Nova Europa – Campinas (SP); Fone: (19) 3307-3764; E-mail: escola@e-jovem.com; Site: www.e-jovem.com
Vereadores evangélicos de Sorocaba (SP) dizem que moção contra homofobia incita “orgias nas ruas”
A proposta da moção é discutir um determinado assunto para uma possível votação na legislatura no futuro. No entanto, os vereadores evangélicos Carlos Cezar da Silva (PSC-SP), Neusa Maldonado (PSDB-SP), Irineu Toledo (PRB-SP) e Luis Santos (PMN-SP) empunharam a bíblia na casa legislativa e disseram que a moção incita a colocar “orgias nas ruas”, conforme informou o Jornal Cruzeiro do Sul.
O vereador Carlos Cesar, que é pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), foi o primeiro a se manifestar. “Não posso compactuar. Isso não é de Deus”, disse. Ele chegou a ler um trecho bíblico do livro de Romanos. Já a vereadora Neusa Maldonado, que também é pastora, mas da Igreja Agnus, criticou os programas de TV que mostram homossexuais, e disparou: “Esse tipo de apoio vai colocar mais orgias nas ruas”.
Vítimas – O vereador Irineu Toledo, que também divide suas funções legislativas com as de pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), atacou a proposta colocando os evangélicos como vítimas. “Eu fico pensando: por que as pessoas não aceitam nossa fé? Eu sou testemunha das perseguições que enfrentamos. O que eu não consigo compreender é porque uma pessoa que adotou outra opção sexual não o faz para ela própria. Quando nos expressamos estamos sujeitos a sermos punidos por cometer homofobia”, dissimulou.
Luis Santos, também pastor, só que da Assembleia de Deus, também colocou os evangélicos como vítimas de perseguição. “O segmento mais discriminado não é o negro; não é o homossexual. É o evangélico. Nós hoje temos que pedir permissão para fazer nosso trabalho em praça pública”, disse o “coitadinho perseguido”.
Duas horas depois – O bate-boca durou cerca de duas horas. No entanto, a moção foi aprovada por 16 votos contra quatro (o dos perseguidos evangélicos). Estes tiveram também de ouvir um sermão. Ele foi dado pelo vereador Anselmo Neto (PP-SP). Segundo ele, a discussão deve ser feita no âmbito político e não no religioso.
“A Constituição é clara ao dizer que todos são iguais perante a lei. Temos que deixar o campo religioso; as pregações para os cultos. Aqui é lugar de debate político. Aliás, se for para esse lado, saibam que as grandes desgraças da humanidade foram feitas por heterossexuais e não por homossexuais. Temos que acolher a todos. Além disso, o que está na discussão é a moção que apoia o lema do evento, que destaca o voto contrário a homofobia”, argumentou Anselmo Neto. Falou e disse!
6ª edição do CINEMA MOSTRA AIDS acontece de 12 a 19 de agosto em SP
Com sessões diárias entre os dias 12 e 19 de agosto, os ingressos na bilheteria dos cinemas tem preço simbólico de R$ 5,00 (inteira no Espaço Unibanco Augusta) e R$ 1 (inteira no Cine Olido). Haverá distribuição gratuita de ingressos para ONGs e serviços de saúde que trabalham com HIV e aids.
A mostra exibirá “Estou com Aids”, um longa de David Cardoso que também atua no filme como entrevistador. O filme é um misto de ficção e reportagem que faz um verdadeiro retrato da doença em meados dos anos 80. Logo após a exibição haverá um debate com o diretor do filme e o jornalista Christian Petermann.
Outro destaque da Mostra é o filme “Flordelis – Basta Uma Palavra para Mudar”, de Marco Antonio Ferraz. Baseado em fatos reais o filme conta a história de uma mulher corajosa que desafiou a justiça brasileira por amor aos filhos. “Positivas”, com direção de Susanna Lira, retrata a vida de mulheres soropositivas que contraíram o vírus através de seus maridos. O drama “O Jardim do Outro Homem” e “Pedro” são outros destaques da programação.
O evento, promovido pelo Grupo Pela Vidda em parceria com o Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, tem apoio da CNA - Confederação Nacional de Agricultura e também do Espaço Unibanco de Cinema e Galeria Olido (Prefeitura de São Paulo), dentre outros parceiros.
Veja a seguir a programação.
Espaço Unibanco Augusta
Sala 4 (107 lugares)
Rua Augusta, 1470 – Cerqueira César (Estação Consolação do Metrô)
Telefone: 11 3288-6780 / 3287-5590
Ingresso: R$ 5,00 (entrada gratuita com apresentação de vale-ingresso impresso através do site www.aids.org.br) 12/08 (quinta-feira)
Dia 16/08 (Segunda-feira)
18h – SEXO CONFUSO: CONTOS DA ERA AIDS – Dir. Andre Adriatico e Giulio Maria Corbelli
20h – NO LIMITE – SEIS CAPÍTULOS SOBRE A AIDS NA UCRÂNIA - Dir. Karsten hein
22h – O INCÊNDIO - Dir. Stephen Makau
Dia 17/08 (Terça-feira)
18h – ESTRADA PARA A ESPERANÇA – Dir. Leslie Marie Cannon
20h – ESTOU COM AIDS – Dir. David Cardoso
OBS: Após a exibição do filme haverá um debate com a participação do diretor, David Cardoso e do jornalista Christian Petermann.
Dia 18/08 (Quarta-feira)
18h – O JARDIM DO OUTRO HOMEM – Dir. Sol de Carvalho
20h – POSITIVAS – Dir. Susanna Lira
22h - UNDER THE SKIN – Dir. Silvia Lourenço e Sabrina Greve e PEDRO – Dir. Nick Oceano
Dia 19/08 (Quinta-feira)
18h – RUAS DA AMARGURA – Dir. Rui Simões
20h – YELLOW CARD – Dir. John and Louise
22h – AS TEIAS DE ARANHA – Dir. Sol de Carvalho
Cine Olido / Galeria Olido
Cine Olido (236 lugares)
Av. São João, 473 - Centro (Estação República do Metrô)
Telefone: 11 3331-8399 / 3397-0171
Ingresso: R$ 1,00 inteira e R$ 0,50 meia entrada (entrada gratuita com apresentação de vale-ingresso impresso através do site www.aids.org.br) os filmes terão exibição em DVD)
Dia 17/08 (Terça-feira)
15h - PAPEL NÃO EMBRULHA BRASAS – Dir. Rithy Panh
17h – PEDRO – Dir. Nick Oceano
19h30 – POSITIVAS – Dir. Susanna Lira
Dia 18/08 (Quarta-feira)
15h - O INCÊNDIO – Dir. Stephen Makau
17h - RUAS DA AMARGURA – Dir. Rui Simões
19h30 – TRANSLATINA - Direção: Felipe Degregori
Serviço:
Grupo Pela Vidda/SP: (11) 3258-7729 - www.aids.org.br.
Contato: Silvia Carvalho – Coordenadora do V Cinema Mostra Aids.
(Fonte: G Online)
Ministério do Planejamento discute discriminação contra LGBT
O objetivo do evento é dar continuidade ao debate sobre a questão da discriminação e preconceito nas relações de trabalho, principalmente com relação à raça, sexo, gênero e orientação sexual. Mais informações pelo telefone (61) 2020-1888.
Estado de MS já registra pelo menos 30 uniões homoafetivas
A procura pela união ganhou mais força ainda depois que, em 8 de junho deste ano, a Corregedoria Geral de Justiça publicou no Diário Oficial de Justiça (DOJ) seu Provimento 36. Nele, a Corregedoria estabelece que os cartórios de todas as comarcas de Mato Grosso do Sul devem lavrar escrituras de união homoafetiva quando requisitados.
Além disso, o Estado de Mato Grosso do Sul reconhece desde este ano o companheiro homossexual de seus funcionários para fins previdenciários e, desde dezembro de 2006, possui uma lei específica contra a discriminação por orientação sexual.
GGB representa contra desembargador que associa drogas à homossexualidade
Em uma determinada passagem da obra o desembargador diz que "o uso continuado de drogas destrói a dignidade e o decoro do indivíduo, causando-lhe decomposição física e moral, levando-o até mesmo à impotência sexual e à homossexualidade".
Agora o GGB quer que os Conselhos de Ética da Associação Brasileira de Sociologia e de Advocacia analisem o caso.