segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Solte a língua, o grito e o orgulho

O auxiliar de logística Cláudio Furlan, 24 anos, acompanha a Parada do Orgulho LGBTTS (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e simpatizantes) de Jundiaí e Região desde a primeira edição. Da concentração à dispersão.

Neste domingo (26), a partir das 13h, ele vai estar novamente na avenida União dos Ferroviários para participar da quinta edição da parada, que ocorre com o tema Homofobia Mata, o seu Voto Vale a Vida: Vote consciente, uma referência às eleições de domingo próximo.

Desta vez, Cláudio faz o percurso, do Sororoca até a altura da Sifco, na Vila Progresso, acompanhado do namorado, o estudante de farmácia Rafael Bistene, 19.

Os dois estão juntos há nove meses, com o apoio das duas famílias, que sabem do namoro e apoiam o relacionamento. Segundo Cláudio, a mãe de Rafael, inclusive, faz questão de apresentá-los como namorados, em qualquer evento que vão, seja entre amigos ou parentes.

“Mas nem todos os pais são assim, ainda existe muito preconceito”, diz Cláudio. “Tem mãe que para ela o filho é gay, os outros são viadinhos.”

Segundo ele, quando há discriminação dentro de casa, os homossexuais levam uma vida promíscua porque não têm o aconchego familiar.

“Acredito que eventos como a parada ajudam a quebrar preconceitos”, afirma. “Vi como foi a primeira edição e a última, com muito mais gente participando.”

Eventos como a Parada Gay ajudam a quebrar preconceitos e a politizar. Éverson Arantes, um dos organizadores, ressalta que este ano o encontro é totalmente político, para chamar a atenção dos gays para o voto consciente.

Ele lembra que no Brasil o que rege é a política, por isso o público LGBTTS precisa de leis aprovadas no Congresso. “Temos que ter consciência em votar em pessoas que lutam com a gente”, diz. “É preciso votar nos políticos que lutam pela nossa causa.”


Concentração é em frente ao Sororoca
O início da Parada Gay de Jundiaí é na avenida União dos Ferroviários, em frente ao Centro Esportivo José Brenna, o Sororoca. Dali, gays e simpatizantes fazem um percurso pela avenida, comandados pela drag queen Umbelina, que vai em cima de um carro de som. Uma das novidades, este ano, é que o evento será animado por três trios elétricos.

Parada atrai pessoas de outras cidades
Não é só o público de Jundiaí que participa. A parada atrai gays e simpatizantes de cidades de toda a região. Este ano, participam as drags Alexia Sulivan, eleita a Miss Parada LGBTTS, em evento na semana passada, e Darine Stern, a Miss Gay Jundiaí 2010 e Miss Simpatia Gay São Paulo 2010

25.000 - É o número de pessoas esperadas nesta edição

Político, consciente e beneficente
Além de chamar a atenção para o voto consciente, a parada recebe o apoio do CTA (Centro de Testagem e Acompanhamento), que estará na avenida distribuindo panfletos que estimulam o uso da camisinha. Também haverá testes de aids.

Miss Drag Parada Gay
Evento arrecadou alimentos que serão doados ao Fundo Social de Solidariedade

300 kg - foi a quantia de alimento arrecadado

(Fonte: Rede BOM DIA)

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