sábado, 29 de maio de 2010

O caso Richarlyson, o galã do armário e o carnaval gay

A pouco mais de uma semana da 14ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, o site da torcida Dragões da Real, do SPFC, publicou uma nota em repúdio à noitada do atacante Richarlyson n'A Loca - balada tradicional do circuito underground paulistano, frequentada também por homossexuais.

Bastante ofensivo, o texto chama o jogador de "traste" que "suja a imagem sagrada do clube com seu jeito afeminado". Diz que "muitas crianças estão com vergonha de dizer que são são-paulinos (sic)" por causa de Richarlyson. E ainda questiona os dirigentes do clube: "Será que a nossa diretoria vai ver um jogador homossexual mediano manchar a imagem do clube e não fazer nada?"

Veja a nota publicada na terça e retirada do ar nesta quinta-feira, após a repercussão do caso:

Este ano, por causa das eleições, o tema da Parada é "Vote contra a homofobia: defenda a cidadania!". Mesmo reunindo milhões todos os anos e tendo se tornado organizadora do maior evento LGBT do planeta, a Associação da Parada não consegue ter voz no parlamento quando a discussão é sobre criminalização da homofobia ou união civil de pessoas do mesmo sexo.

É triste. Porque, para a maioria dos que participam do carnaval fora de época na Paulista, aquela alegoria toda não passa de uma grande festa, uma válvula de escape.

Enquanto isso, jogadores de futebol - gays ou não, isso não importa - vão novamente ser achincalhados. Atores de novela loucos para saírem do armário continuarão sendo enclausurados nele por quem escreve tramas e escala elencos. Serginhos e Dicésares já podem exibir suas pavonices em reality shows. Mas beijo gay, não. Tá, meu bem?

(Fonte: www.limao.com.br)

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