sábado, 29 de maio de 2010

Câmara dos EUA aprova fim da política que proíbe gays assumidos nas Forças Armadas

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou na última quinta-feira, 27 de maio, a anulação da política “Don't Ask, Don't Tell” (“Não Pergunte, Não Conte”), medida em vigor nas Forças Armadas norte-americanas desde 1993 que estabelece a “permissão” de homossexuais no quadro militar desde que não assumam publicamente sua orientação sexual.

A aprovação, por 234 votos contra 194, aconteceu algumas horas após o Comitê de Serviços Armados do Senado ter também votado a favor do fim da política. O projeto que revoga a "Don't Ask, Don't Tell" segue agora para o Senado.

Os parlamentares republicanos, que votaram contra a aprovação, justificaram que seria necessário esperar o relatório sobre o impacto que a revogação terá sobre o quadro e a rotina militar para se tomar a decisão. O relatório, que está ao encargo do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, tem previsão de ser concluído só em dezembro.

“Ajudinha” da Casa Branca

A discussão no Congresso americano sobre o fim da política ganhou reforço favorável com o apoio oficial da Casa Branca no início da semana. Na última segunda-feira, 24 de maio, uma carta assinada por Peter Orszag, diretor do Escritório de Orçamento e Gestão da Casa Branca, ressaltou que o governo "é da opinião de que a emenda à proposta atende às preocupações levantadas pelo secretário de Defesa e o chefe da Junta de Chefes de Equipe". A carta foi enviada aos três principais congressistas que articulam as negociações sobre o futuro da “Don't Ask, Don't Tell”.

Barack Obama reafirmou seu compromisso com a comunidade LGBT sobre o fim da política, assumido ainda durante a sua campanha eleitoral, em mais de uma ocasião. Em fevereiro, durante o discurso do Estado da união, por exemplo, o presidente afirmou que trabalharia “com o Congresso e com nossos militares para finalmente alterar a lei que nega aos homossexuais americanos o direito de servir à pátria que amam do jeito que eles são”.

A insatisfação entre os ativistas de defesa dos direitos homossexuais devido a morosidade dos avanços, entretanto, gerou protestos cada vez mais intensos, como o que ocorreu no primeiro domingo deste mês de maio, em frente à Casa Branca. Durante o ato, que reuniu cerca de 100 ativistas LGBT, alguns manifestantes chegaram a se acorrentar aos portões da Casa Branca para pedir o fim imediato da “Don't Ask, Don't Tell”.
(Fonte: G Online)

Nenhum comentário:

Postar um comentário