Diversidade sexual, direitos humanos de transexuais e travestis, união estável de pessoas do mesmo sexo, homofobia, e saúde integral para LGBT. Esses e outros assuntos estiveram em debate no VII Seminário de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, realizado nesta terça-feira (18), no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
Com o tema Direitos Humanos de LGBT: cenários e perspectivas, o evento foi promovido pelas comissões de Legislação Participativa (CLP), de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), e de Educação e Cultura (CEC) em parceria com entidades representativas LGBT.
Durante a abertura do Seminário, a travesti Ângela Leclery, 61 anos, entoou o Hino Nacional. “Jamais pensei em toda a minha vida que receberia um convite para vir ao Congresso Nacional cantar, ainda mais o hino. Isso é a demonstração de que a nossa luta pelo fim do preconceito tem dado certo”, comemora. Foi a primeira vez que uma travesti cantou o Hino Nacional na Câmara dos Deputados.
Segundo o vice-presidente da CDHM, deputado Domingos Dutra a militância que participa do Seminário luta por um mundo justo, fraterno, solidário e humano. “Tem gente que acha que esse País é feito para poucos. A Constituição de 1988 foi feita com muita luta. E vamos fazer valê-la. Se alguém acha que vamos permitir a discriminação, a desigualdade perante a lei, terá que rasgar esta Constituição primeiro porque não vamos aceitar”, afirmou.
“Xô homofobia do Congresso Nacional”. Foi assim que o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, abriu o discurso. “Não queremos privilégios nenhum. Nem mais, nem menos. Direitos iguais!”, defende.
A assessora do Departamento de Apoio a Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Simione Silva, disse que a agenda política nacional assumiu compromisso com a população LGBT e que esse compromisso foi ampliado pelo governo federal e pelo judiciário. “Junto com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, estamos legitimando a política nacional de saúde integral para LGBT”, destacou. “Ampliamos o conceito de saúde. Deixamos de atuar apenas nas questões ligadas a DST. Temos sempre que lembrar que estamos falando de seres humanos. A discriminação e o preconceito dificulta e, muitas vezes, impede que essas pessoas tenham acesso a saúde. Mas o governo federal está mudando isso”, garantiu.
Simione disse ainda que a política do Sistema Único de Saúde é descentralizada e que os movimentos sociais e o governo federal precisam trabalhar para que a saúde integral para LGBT seja adotada nos estados e principalmente nos municípios.
Segundo o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, o enfrentamento das questões LGBT no País não pode ser apenas burocrático. “A emoção é companheira de muitas lutas. Muitas vezes foi a emoção que nos fez seguir em frente na batalha pela igualdade de direitos para LGBT. A aidsfobia é um problema. Em todas as causas do movimento, não podemos esquecer do HIV”, conclamou.
Participaram da abertura do Seminário os deputados Paulo Pimenta, presidente da CLP; Iriny Lopes, presidente da CDHM; Ângelo Vanhoni, presidente da CEC; senadora Fátima Cleide, coordenadora da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT; Lena Peres, representante da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República; Eduardo Barbosa, diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde; Simione Silva, representante do Departamento de Apoio a Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Pedro Chequer, coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids); Tôni Reis, presidente da ABGLT; Keila Simpson, vice-presidente da ABGLT; e Yone Lindgren, coordenadora da ABL.
Após o seminário, representantes da ABGLT foram recebidos pelo secretário-executivo-adjunto do Ministério da Saúde, Luiz Fernando Beskow; diretora do Departamento de Apoio a Gestão Participativa, Ana Costa; e diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa. Na ocasião, foi entregue, a Pasta, documento com reivindicações do movimento. O Ministério da Saúde disponibilizou o Plano Nacional de Saúde Integral da População LGBT.
Nesta quarta-feira (19), a ABGLT realizará o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e contra a Homofobia. A concentração será em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, a partir das 9 horas, com as 237 organizações filiadas à associação e outros parceiros da causa. Depois, a Marcha segue até o Congresso Nacional, onde o segmento reivindicará dos parlamentares a aprovação imediata do Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006 que estabelecerá normas de combate a todo tipo de discriminação, incluindo a homofobia.
Mais informações
Atendimento à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
(61) 3306 7051/ 7033/ 7010/ 7016/ 9221-2546
Site: www.aids.gov.br
E-mail: imprensa@aids.gov.br
Com o tema Direitos Humanos de LGBT: cenários e perspectivas, o evento foi promovido pelas comissões de Legislação Participativa (CLP), de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), e de Educação e Cultura (CEC) em parceria com entidades representativas LGBT.
Durante a abertura do Seminário, a travesti Ângela Leclery, 61 anos, entoou o Hino Nacional. “Jamais pensei em toda a minha vida que receberia um convite para vir ao Congresso Nacional cantar, ainda mais o hino. Isso é a demonstração de que a nossa luta pelo fim do preconceito tem dado certo”, comemora. Foi a primeira vez que uma travesti cantou o Hino Nacional na Câmara dos Deputados.
Segundo o vice-presidente da CDHM, deputado Domingos Dutra a militância que participa do Seminário luta por um mundo justo, fraterno, solidário e humano. “Tem gente que acha que esse País é feito para poucos. A Constituição de 1988 foi feita com muita luta. E vamos fazer valê-la. Se alguém acha que vamos permitir a discriminação, a desigualdade perante a lei, terá que rasgar esta Constituição primeiro porque não vamos aceitar”, afirmou.
“Xô homofobia do Congresso Nacional”. Foi assim que o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, abriu o discurso. “Não queremos privilégios nenhum. Nem mais, nem menos. Direitos iguais!”, defende.
A assessora do Departamento de Apoio a Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Simione Silva, disse que a agenda política nacional assumiu compromisso com a população LGBT e que esse compromisso foi ampliado pelo governo federal e pelo judiciário. “Junto com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, estamos legitimando a política nacional de saúde integral para LGBT”, destacou. “Ampliamos o conceito de saúde. Deixamos de atuar apenas nas questões ligadas a DST. Temos sempre que lembrar que estamos falando de seres humanos. A discriminação e o preconceito dificulta e, muitas vezes, impede que essas pessoas tenham acesso a saúde. Mas o governo federal está mudando isso”, garantiu.
Simione disse ainda que a política do Sistema Único de Saúde é descentralizada e que os movimentos sociais e o governo federal precisam trabalhar para que a saúde integral para LGBT seja adotada nos estados e principalmente nos municípios.
Segundo o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, o enfrentamento das questões LGBT no País não pode ser apenas burocrático. “A emoção é companheira de muitas lutas. Muitas vezes foi a emoção que nos fez seguir em frente na batalha pela igualdade de direitos para LGBT. A aidsfobia é um problema. Em todas as causas do movimento, não podemos esquecer do HIV”, conclamou.
Participaram da abertura do Seminário os deputados Paulo Pimenta, presidente da CLP; Iriny Lopes, presidente da CDHM; Ângelo Vanhoni, presidente da CEC; senadora Fátima Cleide, coordenadora da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT; Lena Peres, representante da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República; Eduardo Barbosa, diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde; Simione Silva, representante do Departamento de Apoio a Gestão Participativa do Ministério da Saúde, Pedro Chequer, coordenador no Brasil do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids); Tôni Reis, presidente da ABGLT; Keila Simpson, vice-presidente da ABGLT; e Yone Lindgren, coordenadora da ABL.
Após o seminário, representantes da ABGLT foram recebidos pelo secretário-executivo-adjunto do Ministério da Saúde, Luiz Fernando Beskow; diretora do Departamento de Apoio a Gestão Participativa, Ana Costa; e diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa. Na ocasião, foi entregue, a Pasta, documento com reivindicações do movimento. O Ministério da Saúde disponibilizou o Plano Nacional de Saúde Integral da População LGBT.
Nesta quarta-feira (19), a ABGLT realizará o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e contra a Homofobia. A concentração será em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, a partir das 9 horas, com as 237 organizações filiadas à associação e outros parceiros da causa. Depois, a Marcha segue até o Congresso Nacional, onde o segmento reivindicará dos parlamentares a aprovação imediata do Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006 que estabelecerá normas de combate a todo tipo de discriminação, incluindo a homofobia.
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