
Ainda no seu tom do politicamente correto, a pré-candidata disse achar legítima a militância LGBT. “Agora isso não pode ser confundido com discriminar essas pessoas [homossexuais] do ponto de vista dos seus direitos. Elas também têm o direito de defender suas bandeiras. Democracia é isso. É por isso que vão para as ruas. Tem alguns aspectos de tantas lutas que são colocadas que eu penso favorável; outras, não”, afiançou.
Sobre a adoção de crianças por homossexuais ela não se disse favorável, mas se apresentou – como sempre – escorregadia. “Não tenho competência técnica para ter um olhar em relação a esta questão. Estou formando uma opinião”, desconversou, afirmando sua incompetência em tratar de um assunto afetivo e de humanidade como uma questão "técnica".
Não levantou bandeira – A declaração de Marina Silva desmente a sua afirmação de que não escondeu a bandeira do arco-íris entregue a ela como presente pelo vereador gay de Alfenas (MG) Sander Simaglio (PV-MG), no dia 09 de abril, em Belo Horizonte. Já no dia 14 de abril, Marina publicou o texto O que Penso a Respeito do Movimento LGBTs. No texto, disse: “Quem conhece a minha história e convive comigo sabe que respeito as diferenças e sou defensora da tolerância”. Mesmo assim, a pré-candidata evangélica da Assembleia de Deus falou das suas crenças. “Por fim, reafirmo: ainda que minha conduta moral e ética integrem valores da fé cristã, que professo, não discrimino quem quer que seja e defendo plena cidadania para todos”, escreveu.
Repercussão – Vários possíveis eleitores LGBT de Marina Silva exigiram uma postura clara da pré-candidata nos comentários postados no seu blog. Na semana passada, em um ato ecumênico em Salvador, a pré-candidata verde disse que – caso eleita – iria governar “para todos” e defendeu que o Brasil era um país “laico”. Ainda na semana passada, o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB) Marcelo Cerqueira anunciou a sua saída do PV por conta da postura da candidata à presidência do seu partido.
Cerqueira, agora no PT, afirmou que Marina não havia dado nenhum apoio concreto aos LGBT. "Não dá para confiar. Na igreja em que ela comunga tem o Silas Malafaia, que é um radical e um perseguidor dos homossexuais no Brasil inteiro. Não posso continuar com gente que convive com esse cidadão e certamente comunga dos mesmos ideais. Para mim, Marina é uma dissimulada", disparou. E agora, alguém duvida?
(Fonte: Mundo Mais)
Nenhum comentário:
Postar um comentário