
O jornalzinho acadêmico O Parasita, dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), apresenta um texto no qual incita seus leitores a jogarem “merda em um viado” para receber um convite para a Festa Brega 2010 promovida pelo centro acadêmico. O texto foi assinado pelo editor de eventos do centro acadêmico, apelidado de Joãozinho Zé-Roela. Intitulado Lançe-Merdas e Brega Será na Faixa, o texto diz:
Ultimamente nossa gloriosa faculdade vem sendo palco de cenas totalmente inadmissíveis. Ano passado, tivemos o famoso episódio em que 2 viadinhos trocaram beijos em uma festa no porão de med [Medicina]. Como se já não bastasse, um deles trajava uma camiseta da Atlética. Porra, manchar o nome de uma instituição da nossa faculdade em território dos medicús não pode ser tolerado. Na última festa dos bixos, os mesmos viadinhos citados acima, aprontaram uma pior ainda. Os seres se trancaram em uma cabine do banheiro, enquanto se ouviam dizeres do tipo "Aí, tira a mão daí." Se as coisas continuarem assim, nossa faculdade vai virar uma ECA [Escola de Comunicações e Artes]. Para retornar a ordem na nossa querida Farmácia, O Parasita lança um desafio, jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Joãozinho Zé-Ruela", escreve "O Parasita" (Sic).
O texto homofóbico foi denunciado junto à Defensoria Pública do Estado de São Paulo nesta sexta-feira, 23. A Defensoria vai enviar o caso à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo como denúncia por crime de homofobia.
Segundo a defensora Maíra Diniz, coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito, o jornalzinho infringiu a Lei Estadual 10.948, que trata do combate à homofobia. "É uma coisa horrível. Eu fui surpreendida de ver que estudantes de farmácia, que têm obrigação de esclarecer o público, pensam dessa maneira. Não é só uma mera opinião, isso configura homofobia”. Maíra Diniz afirmou que será feita uma investigação para apurar quem é ou quem são os responsáveis pelo texto. Inclusive, vai enviar um ofício para a Reitoria da USP para que identifique os responsáveis.
Cads estadual – O chefe da Coordenação Estadual de Diversidade Sexual (Cads) do estado de São Paulo Dimitri Sales informou que irá registrar queixa contra o jornalzinho na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). “Essa postura desse jornal é repudiada de forma veemente. Tem de ser praticada uma pena dura. Eles desconsideram duas coisas. A primeira é que reafirmam a postura da discriminação contra o casal que se beijou na festa. A segunda é mandar estudantes agredir gays. Essas coisas agora vão virar crimes de injúria e incitação à violência", disse Sales.
Nota – Na noite desta sexta-feira, o Centro Acadêmico de Farmácia e Bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas divulgou uma nota no seu site, na qual diz ser contrário ao ato homofóbico do jornalzinho: “Respeitamos e apoiamos as diferenças existentes, pois acreditamos que pensamentos distintos resultam em crescimento pessoal e no aperfeiçoamento de nossa sociedade, na busca de um mundo mais justo. Não apoiamos atitudes homofóbicas, machistas, racistas ou que expressem qualquer outro tipo de preconceito, uma vez que vivemos em uma sociedade livre e diversificada. Não possuímos nenhum vínculo com quaisquer publicações contrárias ao posicionamento do Centro Acadêmico relatado acima. Somos contrários a iniciativas discriminatórias, uma vez que incentivamos a conscientização social de nossos alunos”, disse a nota. Para ver a versão na íntegra de O Parasita, clique AQUI.
O texto homofóbico foi denunciado junto à Defensoria Pública do Estado de São Paulo nesta sexta-feira, 23. A Defensoria vai enviar o caso à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo como denúncia por crime de homofobia.
Segundo a defensora Maíra Diniz, coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito, o jornalzinho infringiu a Lei Estadual 10.948, que trata do combate à homofobia. "É uma coisa horrível. Eu fui surpreendida de ver que estudantes de farmácia, que têm obrigação de esclarecer o público, pensam dessa maneira. Não é só uma mera opinião, isso configura homofobia”. Maíra Diniz afirmou que será feita uma investigação para apurar quem é ou quem são os responsáveis pelo texto. Inclusive, vai enviar um ofício para a Reitoria da USP para que identifique os responsáveis.
Cads estadual – O chefe da Coordenação Estadual de Diversidade Sexual (Cads) do estado de São Paulo Dimitri Sales informou que irá registrar queixa contra o jornalzinho na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). “Essa postura desse jornal é repudiada de forma veemente. Tem de ser praticada uma pena dura. Eles desconsideram duas coisas. A primeira é que reafirmam a postura da discriminação contra o casal que se beijou na festa. A segunda é mandar estudantes agredir gays. Essas coisas agora vão virar crimes de injúria e incitação à violência", disse Sales.
Nota – Na noite desta sexta-feira, o Centro Acadêmico de Farmácia e Bioquímica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas divulgou uma nota no seu site, na qual diz ser contrário ao ato homofóbico do jornalzinho: “Respeitamos e apoiamos as diferenças existentes, pois acreditamos que pensamentos distintos resultam em crescimento pessoal e no aperfeiçoamento de nossa sociedade, na busca de um mundo mais justo. Não apoiamos atitudes homofóbicas, machistas, racistas ou que expressem qualquer outro tipo de preconceito, uma vez que vivemos em uma sociedade livre e diversificada. Não possuímos nenhum vínculo com quaisquer publicações contrárias ao posicionamento do Centro Acadêmico relatado acima. Somos contrários a iniciativas discriminatórias, uma vez que incentivamos a conscientização social de nossos alunos”, disse a nota. Para ver a versão na íntegra de O Parasita, clique AQUI.
(Fonte: Mundo Mais)
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